João 11:35
Percebi, desde tenra infância, que é muito fácil ser escravo da emoção. Eu via como os mais fortes humilhavam os mais fracos, sob diversos aspectos. Vi que amores não correspondidos podiam gerar tragédias.
Eu decidi vencer a emoção. Sem saber, eu assumi a filosofia de vida dos estóicos. Investi tempo em conhecer as coisas que poderiam tornar-me livre, seja financeiramente, seja emocionalmente.
De certa forma, consegui. Quando chegou a hora de amar pela primeira vez, dediquei-me com entusiasmo ao meu nomoro. Eu morava longe, mas viajava com a maior frequência possível para ver minha amada. No intervalo eu lhe enviava muitas cartas apaixonadas. Quando vi que minha amada não tinha a maturidade necessária para receber o meu grande amor por ela, sofri com antecedência. Quando chegou a hora de romper, eu estava tranquilo. Sofri, mas não chorei.
Contudo, eu também tive os meus momentos de choro. Chorei numa igreja, no final de 1999, alguns meses após a morte de minha mãe. Os hinos que ela cantava na minha infância mantiveram-me em estado de hibernação espiritual até aquele dia. Chorei novamente muitos anos depois de ter perdido meu primeiro amor. Chorei quando ela me contou o quanto chorou ao descobrir que me perdera por não ter compreendido o quanto eu a amava.
Se Jesus chorou, qualquer um pode chorar. Eu chorei. E pretendo chorar mais. Chorar pode ser um bom remédio auxiliar, até mesmo para quem, como eu, aprendeu a controlar suas emoções.
sexta-feira, 24 de junho de 2011
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