segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A supremacia e suficiência do amor

Cristo resumiu a sua pregação no amor -  à Deus e ao próximo -. Tudo o mais decorreria disso naturalmente, caso as pessoas atingissem a maturidade. Contudo, essa "maturidade" inerente à criança de colo se perde durante o desenvolvimento humano, até que, combinando lógica e emoção, ou pela fé, se chegue novamente à síntese posta desde o início.

Conforme demonstrado por Cristo, os doutores podem se perder nesse processo. Já os iletrados humildes, pela fé e pelo amor, correm menos riscos.

A disputa intelectual sobre a supremacia da fé ou das obras, entre outras questões, causou a divisão da Igreja no século XVI. E, salvo melhor juízo, as duas partes erraram. Na disputa esqueceu-se de que não há Evangelho da fé ou da obra, nem mesmo da fé que gera obras, nem das obras que auxiliam a fé, embora as partes envolvidas evoquem a Bíblia para se justificarem. 

O Evangelho de Cristo foi resumido por Ele mesmo como sendo o do amor, pois gera tudo que é necessário à salvação. O Apóstolo Paulo, que defendeu a supremacia da fé sobre as obras, em aparente oposição ao Apóstolo Tiago, rendeu-se à supremacia do amor, entre outras passagens, em 1 Coríntios 13.  Porém, ele reconheceu que os partidos são inevitáveis entre os imaturos.

A imaturidade, segundo penso, pode ser devido, ou manifestar pelos seguintes aspectos, entre outros:  deficiências cognitivas, fé insuficiente,  falta de amor. Não sei em que extensão essas deficiências podem ser genéticas ou por falta de educação orientada para a prática. Mas, elas podem ser superadas quando entregues a Cristo, desde que se se faça o esforço necessário para colocar em prática as suas palavras. 

Ao longo dos séculos, preferiu-se a contínua análise, sempre inconclusiva, à síntese apresentada por Jesus, gerando confusão em vez de soluções. Infelizmente essa confusão persiste até hoje. Por isso, no que me diz respeito, sempre clamo pela síntese de Jesus como ponto de partida e de chegada.

Assim penso, salvo melhor juízo, de forma crítica e prática. Se eu estiver errado, aceito correção de quem se expressar com mais lógica e, ao mesmo tempo, vivenciar o amor, na prática, mais do que eu. Amém.