quarta-feira, 13 de julho de 2011

Confesso que te amo

Certa vez ouvi um pastor dizendo: abrace o irmão ao lado - homem com homem, mulher com mulher, para não criar constrangimento -. Diga "eu te amo". Pareceu-me que a precaução que ele tomou era indício de que as pessoas estavam se aproveitando da ocasião com segundas intenções.

Uma ex-aluna disse-me, certa vez, em voz alta, dentro da sala de aula: "eu te adoro". Mas fiquei sabendo que, quando ela dizia isso, estava aberta à união carnal com o professor em algum momento posterior. Eu não respondi.

Houve um caso em que eu pude dizer para uma mulher casada, a quem eu havia namorado na minha juventude, "confesso que te amo", sem que houvesse conotação carnal na afirmação. Eu deveria ter dito, "confesso que te amo segundo 1 Coríntios 13". Ao dizer apenas "confesso que te amo", qualquer um estaria autorizado a pensar que eu estava tentando uma aproximação carnal com ela.

Confesso que não consigo dizer a qualquer próximo "eu te amo". E acho que é melhor agir como quem ama do que ficar expressando amor verbalmente. Falar é fácil, e gera hipocrisia. E o mundo vive da hipocrisia, com honrosas exceções. Porém, Deus amou o mundo, e enviou-lhe o Cristo, na forma humana de Jesus, para resgatar as ovelhas perdidas que Lhe foram confiadas.

Ultimamente a experiência do amor a Deus invadiu a minha alma, destruindo todas as resistências até então instaladas. Só então decidi que poderia falar sobre Ele. Antes Ele era pura hipótese. Agora Ele é real para mim, embora continue sendo um mistério insondável. Ele me ama. E eu posso dizer "confesso que te amo, Senhor meu Deus".

O amor que me invadiu a mente e o coração é aquele descrito em 1 Coríntios 13. Por isso, já posso dizer, sem medo: "Confesso que te amo". Mas, tomo o cuidado de não fazer essa afirmação a qualquer um, pois não é razoável jogar pérolas aos porcos.

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