sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A opinião, a crença e o saber em religião

A opinião em religião, como em qualquer outra área, não tem valor objetivo ou subjetivo. Ela pode ser aceita sem ressalvas num "brainstorm", cuja regra exige aceitação sem julgamento, até segunda ordem. Mas só isso.

A crença em religião foi devidamente desmoralizada no versículo "Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem. Tiago 2:19".

E quanto ao saber?

O saber é tanto objetiva quanto subjetivamente suficiente. Entretanto, deve-se pensar o saber na sua dimensão integral.

Sabe-se por ouvir falar, o que, de fato, não tem nada a ver com o saber ao qual estou me referindo.

Sabe-se por saber fazer, o que é mais profundo do que o saber falar, embora o falar com eloquência sobre qualquer assunto possa trazer mais prestígio do que o saber fazer puro.

Sabe-se integalmente quando se fala e faz, e se reflete sobre a prática. Entretanto, pode-se saber tacitamente, sem saber falar a respeito, mas apenas praticar.

A fé, que é superior à crença, é um saber que pode ser do tipo tácito: pode-se vivê-la sem saber explicá-la, como os místicos pouco intelecutalizados.

Porém, algumas poucas pessoas integram bem o saber o e fazer, de forma tácita e explícita. Nessas pessoas, lógica e mística, ou razão e fé, combinam-se com a prática.

Em última instância, quem atingre um nível tão elevado acaba fazendo silêncio, pois, falar muito a respeito seria como dar pérolas aos porcos.

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