sábado, 19 de março de 2011

A excelência aos olhos de Deus

Algumas coisas Deus fez na sua versão final e definitiva, e estas são naturalmente excelentes. Outras Ele fez com um potencial a ser realizado no tempo. O homem, por exemplo, Ele o fez racional, e permitiu que decaísse de sua excelência original, porém mantendo-o passível de realizar seu potencial humano por meio dos recursos que fazem parte de sua constituição, e seu potencial divino por meio da intermediação de Cristo.

Para Deus, o modelo de excelência está em Cristo, e todo homem, em Cristo, é excelente. Mas a prova de que o homem está em Cristo não são obras ou rituais externos, mas os frutos da fé, do amor e da esperança. Deus olha, primeiro, o interior do homem, e nenhuma obra que não seja a expressão externa de sua excelência interna tem valor para Ele. Quanto a isso, Ele prefere o indouto, o humilde e o pobre desde que eles tenham o coração puro.

Por outro lado, tudo o que, para o homem, é excelente, pode ser abominação aos olhos de Deus. O homem julga-se excelente quando tem poder, recebe glória por seus atos, e julga ter conhecimento obtido com a aplicação de sua inteligência. Com base nesses referenciais, o homem coloca-se como juíz do seu próximo. Mas, para sua decepção, Deus prefere aqueles a quem ele julga inferiores.

Sendo o homem, por natureza, egoísta, ele precisa ser confrontado com o fato de que nada do que faz para si tem valor perante Deus. Nem aquilo que ele faz para os outros com a finalidade de receber admiração. O homem precisa cuidar-se, com certeza, mas não pode esquecer jamais de cuidar do seu semelhante como se o fizesse para si mesmo, sem segundas intenções.

Além de usar todas as faculdades que o Criador lhe deu, o homem, além de creditar tudo ao poder de Deus, deve bater à porta e implorar por aquilo que Ele mesmo julga ser a fonte da excelência: um coração puro.

Excelência, para Deus, é o amor e a fé que se transformam em serviço visando a socorrer o próximo que necessita de ajuda.

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